Comemorado neste sábado (15), o Dia de São Longuinho celebra o santo popularmente conhecido por ajudar a encontrar objetos perdidos. A tradição diz que, para obter sua ajuda, basta prometer três pulinhos.
Segundo o teólogo Gidalti Guedes da Silva, em entrevista ao G1, São Longuinho era um soldado romano presente na crucificação de Jesus. Ao perfurar o corpo de Cristo, gotas de sangue teriam caído em seus olhos, curando sua visão e levando-o à conversão ao cristianismo.
O escritor e teólogo J. Alves afirma que, “diante desse fato miraculoso e vendo os acontecimento que sucederam com a morte de Jesus”, o soldado se converteu, deixou o exército romano e teria fugido para a Capadócia, onde acabou sendo preso e martirizado.
Textos apócrifos narram a lenda de que Longuinho enfrentou uma sina terrível após a crucificação. Perseguido por ter perfurado o corpo de Jesus, ele teria sido condenado a viver em uma caverna, onde todas as noites um leão o despedaçava, apenas para seu corpo se regenerar ao amanhecer, em um ciclo eterno.
E é também lendária a narrativa sobre seu martírio. Acredita-se que Longuinho tenha feito um trabalho de evangelização na Capadócia e isso veio a incomodar os judeus ali assentados.
Pilatos, o governador romano que, pela tradição, teria sido o juiz da condenação de Jesus, condenou, então, Longuinho à morte por traição.
A crença de que ele auxilia na busca por objetos perdidos não tem origem oficial na Igreja, mas teria surgido do simbolismo de sua “descoberta” da fé. A tradição dos três pulinhos, também sem registro formal, foi difundida pelo catolicismo popular.
Independentemente da origem exata da devoção, São Longuinho segue sendo amplamente reverenciado pelos fiéis. Sua fama ultrapassou fronteiras e, ao longo dos séculos, sua figura foi incorporada ao imaginário religioso de diferentes culturas, consolidando-se como um dos santos mais populares quando se trata de pedidos simples e cotidianos.