Gari que encontrou bebê no lixo deseja adotá-la e família já prepara quarto para acolhimento

Um gari que encontrou um recém-nascido dentro de uma sacola de lixo na Zona Norte do Rio de Janeiro, na última terça-feira (1º), manifestou o desejo de iniciar o processo de adoção da criança.

Samuel da Silva Santos afirmou que, apesar de nunca ter cogitado a adoção, o episódio mudou sua perspectiva, e sua família já está preparando um quarto para acolhê-la.

“Os meus filhos já estão organizando um espaço para ela. Mas expliquei que precisamos esperar, pois há um processo legal a seguir. Minha esposa pensou que era só trazer a bebê para casa, mas eu tive que explicar que não é assim. Ela me perguntou: ‘Nós vamos adotar?’, quase como uma afirmação”, relatou Samuel em entrevista ao g1.

O gari destacou que um dos principais motivos para querer a adoção é garantir que a criança conheça sua história. “Quero que ela saiba como foi encontrada, para que nunca se sinta perdida no mundo. Mas, por enquanto, aguardo os trâmites necessários antes de formalizar o pedido de adoção”, explicou.

Processo de adoção segue trâmites legais

De acordo com a Justiça do Rio de Janeiro, o processo de adoção segue etapas obrigatórias. Inicialmente, a Vara da Infância e da Juventude encaminha a criança para uma unidade de acolhimento e realiza buscas por familiares que possam assumir a guarda.

“Por determinação legal, antes de encaminhar uma criança ou adolescente à adoção, é necessário esgotar as possibilidades de (re)inserção familiar”, informou o órgão. Caso nenhum responsável seja localizado ou a família não queira assumir a guarda, o processo de adoção pode ser iniciado.

Emoção no resgate

Anderson Nunes, outro gari que presenciou o resgate, classificou o momento como um dos mais marcantes de sua carreira.

“Em 16 anos na Comlurb, já vivi enchentes, desabamentos e protestos, mas salvar uma vida é algo indescritível. Demos o nome de Vitória para a bebê, porque é isso que ela representa”, disse Anderson.

Samuel reforçou o laço criado com a criança. “Se encontrarem a família, quero visitá-la e acompanhar seu crescimento. Mas se não encontrarem, ela já tem uma família. Esse vínculo que criamos não pode ser apagado”, concluiu.

Maicon Schlosser

Jornalista

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