Críticas foram feitas em comentário nas redes sociais, em resposta a reportagem do Fronteira 360 sobre os primeiros 100 dias de “Boca” no comando de São Borja
Em uma manifestação contundente publicada nas redes sociais, o ex-vereador Fabrizio Dipamil reagiu à reportagem do Fronteira 360 sobre os primeiros 100 dias do mandato de José Luiz Machado.
Em tom indignado, Dipamil — que renunciou ao cargo de vereador denunciando o que chamou de “submundo da política” — voltou a demonstrar frustração com os rumos da gestão municipal.
“Não entrei na política por interesse ou status, mas sim com a intenção de ajudar e trabalhar por quem precisa”, declarou Dipamil à época da renúncia. Ele também criticou a falta de lealdade e princípios entre alguns colegas de meio político — crítica que ecoa em sua nova manifestação.
Em comentário de resposta a reportagem do Fronteira 360, ele criticou duramente a criação de uma “Comissão Consultiva Superior” pela Prefeitura de São Borja, questionando a composição e os objetivos do grupo.
Para Dipamil, a comissão não representa os interesses reais da comunidade e serve apenas para manter o poder concentrado entre aliados do prefeito. “O nome já mostra a intenção: ‘consultiva superior’. Superior ao quê?”, ironizou o ex-parlamentar. “Superior de quê? Só se for de suga, porque o que se vê é isso. Pra que uma comissão onde não tem ninguém diretamente ligada ao povo pra opinar nas decisões?”, questionou o ex-vereador.
Dipamil apontou que os integrantes da comissão não enfrentam os mesmos problemas vividos pela população. “Não usam escola pública, não moram em rua de chão batido, não dependem do SUS, não convivem com esgoto a céu aberto na porta de casa. E mesmo assim, decidem pelo povo.”
O ex-vereador sugeriu que o grupo deveria ser formado por lideranças comunitárias, pais e mães de família, e pessoas que realmente vivenciam os desafios diários da cidade. “Esses, sim, são superiores. Pessoas vinculadas à sociedade que utilizam os serviços oferecidos pela prefeitura — essas, sim, formariam uma comissão social com interesses verdadeiramente voltados àqueles que necessitam, e não a um grupo predominante”.
Fabrizio também criticou o prefeito por, segundo ele, estar mais preocupado com viagens do que com os problemas locais. “Está na estrada gastando o que o povo produz, com agendas levianas. Porque, na realidade, não há necessidade de estar presente, uma vez que existe uma subprefeitura constituída por aqueles que, realmente, têm a palavra final e “tocam a música”.
Ele ainda relembrou críticas antigas sobre o restaurante popular, classificando a gestão anterior como “covarde” por não resolver problemas estruturais.
Segundo Dipamil, o atual vice-prefeito e secretário, que acompanhou a situação por anos, só agora promove melhorias em pontos que já haviam sido apontados no passado. “Resumindo: 70% deste governo é balela. O amadorismo tá aí.”
Por fim, o ex-vereador fez uma previsão sobre os movimentos pré-eleitorais:
“Agora, quando faltar cerca de um ano para as eleições, começa o movimento — escreve o que estou dizendo: vocês vão ver calçamento, posto de saúde pintado só por fora, prefeito com vereador na rua sujando os pezinhos, queimando o “corinho” da cara no sol, Kombi do hospital na rua com quem manda fazendo foto e vídeo, hospital nas associações fazendo mídia e mil e uma propostas de melhoria”.
A crítica de Dipamil escancara o descontentamento de parte da população com a condução da atual gestão e levanta questionamentos sobre a real representatividade das decisões tomadas pelo Executivo.
Leia o comentário completo de Fabrizio Dipamil:
Prefeitura, que o prefeito opina na segunda estância, é complicado, onde há uma comissão e — olha o nome da formação — COMISSÃO CONSULTIVA SUPERIOR. Mas aí pergunto: superior do quê? Superior do que? De porcaria nenhuma é superior. A comunidade, que não sabe a força que tem, essa sim tem superioridade, e não essa cambada de mequetrefe que se acha superior. Eu penso que é só se for superior de suga, que é o que se apresenta.
Já se tira uma base da intenção da formação, onde se diz “pra auxiliar”. Na realidade, não é auxílio: é a palavra final — falando bem claro e sem medo, e goste quem gostar, tô preocupado — a palavra dos que mandam e se beneficiam do sistema!
Aí eu penso: pra que uma comissão onde não tem ninguém diretamente ligada ao povo pra opinar nas decisões, que é realmente pra quem precisa de algo favorável em sua rotina diária?
Aí vem a resposta: prefeito na estrada, gastando o que o povo produz com algumas agendas levianas, porque, na realidade, não precisa estar aqui, já que há uma subprefeitura constituída dos que realmente têm a palavra final e tocam a música!
E o pior de tudo: gente que não vive a realidade do povo nessa comissão consultiva superior — não usa escola pública, não mora em rua de chão, não usa o SUS, não tem um esgoto fedendo a bosta na porta de casa, não precisa da assistência social, não usa o posto de saúde, mas, se for no hospital, tem atendimento exclusivo, não fica cinco, seis horas esperando.
Aí vem a resposta: prefeito na estrada, gastando o que o povo produz com algumas agendas levianas, porque, na realidade, não precisa estar aqui, já que há uma subprefeitura constituída dos que realmente têm a palavra final e tocam a música!
Questão do Restaurante Popular é uma situação que a gestão passada, covarde em admitir as falhas, já poderia, com ações simples, ter melhorado. Mas agora, com um secretário que acumula duas funções — de secretário e vice-prefeito — acompanhou por um longo tempo as questões levantadas e debatidas a respeito, onde por diversas vezes foi mostrada a precariedade do serviço oferecido pela estrutura do Restaurante Popular. E por acompanhar na Câmara e, no momento, não aceitar — mas agora melhora exatamente o que foi pautado. Então, resumindo: 70% deste governo é só balela até agora, porque o amadorismo tá aí!
Ahhh, só que é cedo ainda pra fazer algo… só 100 dias. Parece até brincadeira!
Agora, quando faltar um ano, por aí começa o movimento — escreve o que tô falando! Vocês vão ver calçamento, posto de saúde pintado só por fora, prefeito com vereador na rua sujando os pézinho, queimando o corinho da cara no sol, Kombi do hospital na rua com quem manda fazendo foto e vídeo, hospital nas associações fazendo mídia, mil e uma propostas de melhoria — sendo que se viveu as dificuldades nos anos anteriores, e, chegando o período de eleição, acham a solução pra tudo.Como se diz: começa o show. Sabem exatamente onde estão os problemas. Enfim, tudo que o povo precisa escutar — e são peritos nisso!Resumindo: no período eleitoral o mundo muda. Mas aí, depois que tá no trono, se tem dos quatro anos, três pra surfar. E no último começa o grande movimento. Como foi ano passado — tá escrito, só conferir depois!—Se quiser, posso adaptar esse texto também para um formato mais jornalístico ou editorial.