A eventual mudança de partido marca um movimento estratégico de Leite, que busca novos espaços políticos em um cenário de reconfiguração partidária e indefinições eleitorais
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, está prestes a encerrar um longo ciclo político no PSDB. Filiado à sigla tucana há 24 anos, Leite deve migrar para o PSD, partido comandado nacionalmente por Gilberto Kassab.
A mudança, que vinha sendo ventilada nos bastidores há meses, deve se concretizar no próximo dia 6 de maio, segundo revelou a colunista Ana Flor, da GloboNews.
A possível saída de Leite do PSDB ocorre em meio a um período de incertezas e debates internos no partido, que vem enfrentando dificuldades para se reposicionar no cenário político nacional.
Em uma publicação recente nas redes sociais, o governador reconheceu o momento delicado vivido pela legenda: “O PSDB vive um momento de reflexão e discussão sobre seu futuro, o que é natural diante dos desafios que o sistema eleitoral brasileiro impõe”, escreveu.
Apesar de não confirmar oficialmente a mudança de legenda, Leite indicou que sua decisão será tomada até o final de abril, após o encerramento das discussões internas do PSDB. “Qualquer decisão sobre meu futuro partidário será tomada apenas após a conclusão desse processo interno”, declarou.
A aproximação entre Leite e o PSD não é recente, mas ganhou força nas últimas semanas. Mesmo que o partido já tenha sinalizado preferência pelo nome de Ratinho Júnior, governador do Paraná, para uma eventual candidatura à Presidência da República em 2026, Eduardo Leite surge como alternativa competitiva para disputar uma vaga ao Senado Federal, caso a aliança se concretize.
A eventual mudança de partido marca um movimento estratégico de Leite, que busca novos espaços políticos em um cenário de reconfiguração partidária e indefinições eleitorais.