Thiago Moura, de 34 anos, acusado de abusar sexualmente de menino de 7 a 11 anos, foi preso em 14 de abril após denúncia detalhada em audiência. Caso choca comunidade e mobiliza população contra crimes sexuais.
A Polícia Civil prendeu na última sexta-feira (14) o ex-candidato a vereador Thiago Moura, 34 anos, filiado ao PL, acusado de estupro de vulnerável.
A vítima, um menino com quem o suspeito mantinha convívio familiar, relatou em audiência os abusos sofridos dos 7 aos 11 anos, apontando Moura como autor.
Atualmente sob os cuidados do Centro Integrado da Criança e Adolescente de Cacequi, a criança passa bem, mas o caso permanece sob sigilo judicial.
O Blog Rafael Nemitz apurou, no entanto, que o comportamento do menino mudou drasticamente: ele se isolou, parou de brincar, desenhar e frequentar a escola.
“Ele só queria ficar no celular, e na maioria das vezes, conversava com o acusado”, revelou a mãe, que também contou que o filho apagava as mensagens. A família relatou ainda que Moura reagia com agressividade quando impedido de levar a criança para sua casa – onde, segundo os pais, ele a levava diariamente “para brincar”.
Abuso de confiança e ameaças
Donos da casa onde a família da vítima mora, Moura usava sua posição para coagir os pais. “Ele ameaçava tirar nossa casa se o impedíssemos de ver meu filho”, desabafou a mãe. O delegado Laurence Teixeira, responsável pelas investigações, confirmou que não há indícios da participação de outro homem no crime.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) solicitou e obteve a prisão preventiva do acusado, que, se condenado, pode pegar de 8 a 15 anos de reclusão.
Comunidade se mobiliza por justiça
No dia da prisão, moradores de Cacequi saíram às ruas em protesto, pedindo justiça e o fim da violência sexual contra crianças e adolescentes.
Esta é a segunda manifestação do tipo em menos de dois meses: em fevereiro, outro caso de estupro, envolvendo uma menina, também levou a população a se mobilizar.
O caso de Thiago Moura reacende o debate sobre a proteção de menores e a impunidade em crimes sexuais, enquanto a cidade aguarda os próximos desdobramentos judiciais.