Ele reconheceu que a poeira pode ser incômoda, mas afirmou que a empresa adota medidas para minimizar os impactos
Na última semana, uma moradora das proximidades da Imembuy Alimentos usou as redes sociais para denunciar a emissão de uma suposta fumaça tóxica pela empresa.
Em uma postagem feita em um grupo do Facebook, ela compartilhou um vídeo onde é possível ver uma grande nuvem branca e afirmou: “Essa fumaça é veneno que a Cooperativa Imembuy coloca nos silos para matar insetos, e é com toda certeza prejudicial à saúde humana.”
Nos comentários, outros moradores relataram incômodo com a situação. “O cheiro é horrível, entra dentro das casas”, disse uma internauta. Outra moradora afirmou que seus pais idosos sofrem com falta de ar devido à fumaça.
Diante da repercussão, a reportagem do Fronteira 360 esteve na empresa na sexta-feira (28) para ouvir o diretor da Imembuy Alimentos, José Luis . Ele esclareceu que a fumaça é resultado do processo de secagem do arroz, que envolve a queima da casca do grão.
Segundo ele, a liberação de poeira é controlada com a aplicação de água, formando a nuvem de vapor e partículas visível no vídeo.
José Luiz reconheceu que a poeira pode causar desconforto para os moradores, mas garantiu que a operação da empresa segue todas as normas da Federação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) e não representa riscos à saúde. “Se há algo em que a empresa investe, é no controle da poluição, para garantir que estamos dentro dos índices aceitáveis e manter nossa licença de operação”, afirmou.
Ele também destacou que fatores climáticos, como baixa umidade e falta de chuvas, podem intensificar a formação das nuvens de vapor e poeira.
Sobre a aplicação de pesticidas para controle de pragas, o diretor confirmou que o procedimento é realizado por profissionais capacitados, sem risco de vazamento. “Se não fizermos esse controle, os insetos podem se espalhar e causar transtornos aos vizinhos”, justificou.
Ao assistir ao vídeo divulgado nas redes sociais, José Luiz reforçou que o cheiro relatado pelos moradores provavelmente decorre da queima da casca do arroz. Ele reconheceu que a poeira pode ser incômoda, mas afirmou que a empresa adota medidas para minimizar os impactos. “Não é possível um controle 100%, mas diria que nossa atuação, numa escala de zero a 10, estaria acima de oito”, avaliou.
Diante da inevitável convivência entre a indústria e a vizinhança, a questão permanece sem uma solução definitiva.
Caso os moradores considerem a situação insustentável, a recomendação é que busquem os órgãos públicos, como o Ministério Público, para uma análise mais detalhada do caso.—Se precisar de ajustes ou quiser um tom diferente, me avise!