Paulo Grillo cobria manifestação na quarta-feira (12), quando foi atingido por bomba disparada por forças de segurança

O fotógrafo freelancer Paulo Grillo foi gravemente ferido na cabeça por um cartucho de bomba de gás lacrimogêneo durante um protesto na Argentina, na quarta-feira (12). Fábian Grillo, pai do profissional, afirmou que Pablo estava tirando fotos de policiais durante os confrontos com manifestantes, quando foi atingido.
O disparo causou uma fratura no crânio, que levou o fotógrafo a ser hospitalizado com urgência. Ele passou por cirurgia e permanece na UTI em estado crítico.
A manifestação, organizada por aposentados e torcidas organizadas, exigia aumento da aposentadoria mínima e o fim do ajuste fiscal do governo Javier Milei. A repressão policial foi intensa, com uso de tanques, bombas e balas de borracha. Houve confrontos, uma idosa foi agredida e ao menos 25 pessoas foram presas.
Em resposta, a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, afirmou que Pablo Grillo era um ativista kirchnerista e descreveu os presos durante o protesto como “criminosos”. A fala da ministra gerou indignação e foi motivo de novas manifestações ainda na quarta-feira, que se estenderam até a madrugada.