Caso envolve pagamento de propina propina a políticos e gestores públicos, em troca de adesões às chamadas atas de registro de preços

Entre 2019 e 2022, 51 cidades do Rio Grande do Sul gastaram R$ 150 milhões na compra de telas interativas para escolas, mas parte dessas aquisições está sendo investigada por envolvimento em um esquema de superfaturamento e corrupção. O esquema foi revelado por uma reportagem do Fantástico neste domingo (9), através de reportagem feita pelo Grupo de Investigação da RBS (GDI).
Intermediários, conhecidos como “corretores de atas”, manipulavam as compras públicas, utilizando o sistema legítimo de “atas de registro de preços” para direcionar contratos e inflacionar os preços, recebendo comissões de até 30%. A prática envolvia a adesão a contratos firmados por outras prefeituras, muitas vezes sem licitação direta.
Jaqueson Espíndola, um dos corretores identificados, admitiu em gravações a manipulação das licitações, incluindo a criação de exigências exclusivas para favorecer certas empresas. A empresa Smart, fornecedora das telas interativas, também está sendo investigada.
A Polícia Federal e o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul acompanham as investigações, que incluem acusações de propina envolvendo políticos, como o vereador de Porto Alegre Pablo Melo, filho do prefeito Sebastião Melo, que teria sido fotografado em reuniões com empresários investigados. Além dele, há envolvimento de gestores públicos, como a ex-secretária de Educação de Porto Alegre, Sônia da Rosa.
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