“A gente se sentiu como lixo, pois não fomos tratados como ser humano. Nem bicho é transportado dessa forma”
A reportagem do Fronteira 360 teve acesso nesta semana a uma denúncia grave e preocupante, que diz respeito à precariedade do transporte oferecido pela Prefeitura de São Borja para pacientes que foram realizar exames em outras cidades.
Segundo Maria*, uma das vans disponibilizadas pela Prefeitura não possuía amortecedores e apresentava remendos feitos com fita e rebites em seu interior.
Além disso, não havia cortinas na van, o que expôs ao sol pacientes que fizeram cirurgias oculares, o que pode ocasionar lesões.
Já o ônibus disponibilizado pela Prefeitura apresentava buracos no assoalho e pedaços literalmente caindo na cabeça dos pacientes.
Maria também relata o banheiro estava inutilizável, devido a sujeira. Ainda segundo ela, o ônibus teve de parar várias vezes na estrada, pois apresentou problemas mecânicos, o que gerou uma sensação de insegurança entre os pacientes, que temeram que algo pior acontecesse.
Nossa fonte ainda destaca que o cuidado e o trabalho dos motoristas foi excelente, deixando claro que as críticas são exclusivas às condições do transporte.
“A gente se sentiu como lixo, pois não fomos tratados como ser humano. Nem bicho é transportado dessa forma”, afirma Maria.
A nossa reportagem entrou em contato com a Secretária de Saúde, Sabrina Loureiro, que informou que os ônibus e vans usados no transporte são terceirizados e passam por licitações para fazer este serviço.
Ainda segundo ela, as reclamações devem ser encaminhadas à ouvidoria do SMS e da Secretaria de Saúde, para que possam ser averiguadas.*Nome fictício usado para proteger a fonte.
Confira o relato completo abaixo: